Há pouco mais de uma década, as autoridades educacionais do Rio
Grande do Sul permitem, e até incentivam, o ensino da língua dos
antepassados dos alunos como língua estrangeira nas escolas
públicas e privadas. O multiculturalismo é, hoje em dia, moeda
corrente, e as autoridades não só toleram, mas, muitas vezes,
promovem a recuperação de elementos culturais das diversas etnias
que estão na base da população sul-rio-grandense. Nem sempre foi
assim. Falar em alemão ou em italiano podia dar cadeia, até
quando a fala ocorresse em âmbito Familiar. A repressão teve um
primeiro ponto alto na Primeira Guerra, mas tornou especialmente
incisiva na Segunda.