A literatura sul-rio-grandense foi criando imagens sobre a
família, o trabalho, a religião dos alemães imigrantes e dos seus
descendentes, bem como ressignificando espaços do estado que
foram por eles ocupados, tanto no campo quanto na
cidade,e,ainda,vivificando os contatos. Com o trabalho dos
romancistas Caldre e Fião, Vivaldo Coaracy, Vianna Moog, Erico
Verissimo e Josué Guimarães, institucionalizou-se no universo
ficcional a existência social de um dos povos que formaram o Rio
Grande do Sul. Eles recriaram o mundo do imigrante alemão no
plano do imaginário, buscando para isso, às vezes, narrações
feitas por historiadores, incluindo, assim, em suas construções
discursivas visões e fatos pertencentes ao real. E as escolhas do
que havia no real foram entretecidas à imaginação dos autores,
com o que surgiram histórias sobre a etnia, estas carregadas de
imagens dos indivíduos, sejam eles figuras históricas, sejam
personagens puramente ficcionais.
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