Entre os vários caminhos existentes para se estudar o pensamento de um filósofo, pode-se seguir o que prima por abordá-lo em sua estrutura própria, isto é, em sua consistência interna, na articulação de suas idéias em busca da coerência que rege a totalidade de sua obra. Outra via de análise encontra-se na procura dos diálogos travados pelo autor com seus pares, privilegiando-se o que ele teria incorporado ou rejeitadonos textos daqueles que procederam na escrita filosófica. Nas páginas de Jean-Jacques Rousseau: gênese da moralidade, liberdade humana e legitimidade, Arlei de Espíndola percorre com muita propriedade essas duas sendas complementares para oferecer um conjunto de reflexões instigantes sobre o legado do filósofo genebrino.